sexta-feira, 31 de março de 2017

Tratamento contra o fumo é oferecido gratuitamente em UBS FULGÊNCIO COSMO DA SILVA no bairro da Subestação em Paraibano.

Atendimento consiste na mudança de comportamento do fumante e suporte medicamentoso

 Parar de fumar não é uma simples questão de força de vontade. O cigarro causa dependência química e quem decide por abandonar o vício passa por grandes desconfortos físicos e psicológicos que trazem sofrimento, devido a crises de abstinência. Entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para que se possa ter a real dimensão do problema.
           No panteão das drogas, o cigarro está próximo da heroína e do crack, com um potencial de dependência de mais de 50% - metade das pessoas que experimentam fumar fica dependente. Isso porque a nicotina tem um efeito rápido: depois de aceso, leva poucos segundos para chegar ao cérebro e alterar o Sistema Nervoso Central; e passa rápido – em menos de duas horas passa o efeito estimulante. 
A boa notícia é que a UBS Fulgêncio Cosmo da Silva  no Bairro Subestação  oferece tratamento  para qualquer cidadão que queira parar de fumar.
 “Estamos preparados para receber, informar e atender qualquer pessoa que busca tratamento. Estamos de portas sempre abertas”, afirma a Secretaria Municipal de Saúde Bethânia Camargo.
Espera-se 90% largam o cigarro após o tratamento. 
O tratamento oferecido pela rede pública é orientado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e é baseado em terapia cognitiva/comportamental, ou seja, é orientado para a mudança do comportamento do fumante. O suporte medicamentoso é composto por adesivo e bupropiona, é um aliado importante, pois ajuda a amenizar os efeitos da abstinência. 
Na UBS Fulgêncio Cosmo da Silva , os números comprovam a dificuldade em formar o grupo de tratamento. “ Na minha Micro Área existe grande quantidade de fumantes, mas após serem visitados rejeitam o tratamento” diz Gisele Alves Cunha Agente Comunitária de Saúde no bairro. 
“Observando pessoas vindo buscar atendimento mesmo que não seja da área da subestação já é uma mudança de comportamento na nossa sociedade. A pessoa se decidiu, tomou a iniciativa e assim faz o tratamento da forma correta”, explica Marivan outra Agente Comunitária da área do Bairro da Subestação.
              A mudança de comportamento precisa ser mantida em longo prazo, pois o vício do cigarro está permeado de “gatilhos”, situações que lembram o ato de fumar. Muitas pessoas associam o cigarro ao café, ao fim das refeições, ao coquetel no fim do dia. Para algumas pessoas, o hábito é tão antigo que os “gatilhos” nem podem mais ser identificados deixou bem claro Francisca Nolêto Psicóloga que acompanha o grupo.
               Os motivos que levam as pessoas a procurar ajuda para parar de fumar são variados, entre eles estão a preocupação com a saúde, influência ou pressão familiar e de amigos e também dinheiro – já que hoje, uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia gasta, em média, mais de R$ 200,00 ao mês.
Geana Pereira da Silva, fumante há 15 anos relatou ao blog que gosta de estar em companhia das pessoas do grupo onde troca experiências , relatos e resolveu  procurar ajuda porque te grande vontade de parar de fumar e não consegue , tem vergonha de fumar em público pois as leis estão proibindo cada vez mais o espaço da pessoa fumante e tem muito medo das doenças que o uso do cigarro ocasiona.
           O percentual de fumantes de 18 anos ou mais no país era de 34,8%, segundo o INCA. Já em 2013, de acordo com pesquisa mais recente para essa mesma faixa etária em áreas urbanas e rurais, este número caiu para 14,7%. Essa diminuição do número de fumantes se deve às políticas públicas de restrição do tabaco.
“O Brasil foi um dos primeiros países a aderir à solicitação da Organização das Nações Unidas, ONU, na criação de uma política antitabaco. Acabou com a propaganda de cigarros, que tinha uma linguagem moderna e atraente e era responsável por trazer jovens fumantes ao vício e proibiu o cigarro em locais fechados.
Estamos na contramão nessa questão - enquanto vemos o número de fumantes  diminuírem ano a ano, em países da Europa, por exemplo, o número de fumantes vem aumentando no Brasil”, explica Sandro Rogério Enfermeiro da UBS em palestra ao grupo.




 





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